“Vem, fim de semana!”, “Sextou!”, “Chega segunda-feira e não chega o Domingo”. Certamente, você já ouviu frases assim, ou quem sabe, você mesmo já as disse alguma vez. Elas expressam o entendimento que as pessoas têm (ou não) sobre o Dia do Senhor. A cultura anticristã dos nossos dias tem feito de tudo para destruir a importância do Dia do Senhor (o Domingo) e, transformá-lo num dia qualquer, ou num dia para cuidar de assuntos pessoais, uma vez que durante a semana o tempo fica escasso por contas das responsabilidades de cada um. O hedonismo também vem exigir o seu quinhão fazendo as pessoas usarem o Dia do Senhor para o lazer sob a justificativa de “trabalho muito e vivo sob constante pressão no meu dia a dia, por isso preciso de um tempo para mim, para relaxar, descansar e aproveitar a vida”.
Mas, a situação fica ainda pior quando olhamos para a Igreja de Cristo. A maioria esmagadora dos membros das igrejas, sequer chamam o Domingo de “Dia do Senhor”, e, consequentemente, não o guardam como deveriam. Não se importam em faltar ao Culto Comunitário, se estão de viagem, não procuram uma igreja para congregar e estar junto a outros filhos de Deus para adorá-Lo. Qualquer indisposição já é motivo para deixarem a comunhão e passarem o Dia do Senhor entregues ao ócio.
Por que isso acontece? Vários motivos podem ser elencados aqui, mas, todos esses motivos e outros que não foram apresentados aqui (excetuando motivos de enfermidade ou escalas de trabalho) têm a mesma raiz e origem: falta de temor a Deus.
Se estudarmos para a história do povo de Israel veremos Deus trouxe sobre Israel (reino do Norte) e Judá (reino do Sul) os cativeiros, assírio (em 721 a.C.) e o babilônico (608 a.C.), respectivamente, e o principal motivo foi que eles quebraram a Aliança com Deus deixando de guardar o Seu dia, que na Antiga Aliança era o sétimo dia da semana. O escritor sagrado registrou em 2Cr 36.20-21:
“Os que escaparam da espada, a esses levou ele para a Babilônia, onde se tornaram seus servos e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia; para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da desolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram” (Grifo é meu).
O profeta Ezequiel também denunciou o pecado da quebra do quarto mandamento junto a outros pecados do povo de Deus (Ez 20.12,13, 16,20,21 e 24; 22.8,26; 23.38). Deus disse que traria e trouxe os cativeiros como castigo especialmente por conta desse pecado. Contudo, Ele não deixaria de usar misericórdia para com os disciplinados arrependidos, e lhes fez promessas de restauração como as que encontramos em Is 58.13-14:
“Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no SENHOR. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do SENHOR o disse” (Grifo é meu).
Muito tem se falado sobre a necessidade de uma avivamento espiritual para a Igreja de Cristo em nossos dias. Não tenho dúvidas que, quando os crentes levarem a sério o Dia do Senhor, consagrando-o com amor e alegria, deleitando-se no Culto Divino, na comunhão dos irmãos, zelando por guardar esse precioso dia em santidade, certamente experimentaremos o tal desejado avivamento espiritual que se constatará em compromisso radical e constante de cada indivíduo, cada família e cada igreja com o santo Nome de Deus.
Deleite-se no Dia do Senhor como o único dia realmente santo, para que os demais dias de sua semana sejam vividos na perspectiva da santidade desse dia. Não despreze a comunhão com os irmãos, não troque o Culto Divino por nenhum outro compromisso que pode ser adiado. E ao contrário do que muitos pensam, isso não é legalismo. É obediência!
Rev. Olivar Alves Pereira
Ad Majorem Dei Gloriam

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