No dia 04/03/2025, numa casa de repouso em Nova Gales do Sul, faleceu aos 88 anos o australiano James Harrison. Ele ficou conhecido como “o homem do braço de ouro”. A razão disso é que ele fez 1.173 doações de sangue em 64 anos, segundo a Lifeblood, organização da Cruz Vermelha australiana. Seu plasma continha um anticorpo raro conhecido como Anti-D, usado para produzir um medicamento para mães cujo sangue poderia atacar seus bebês ainda não nascidos, o que se conhece como doença hemolítica do feto e do recém-nascido (HDFN). Seu sangue possibilitou a produção de mais de 2,4 milhões de doses do medicamento. Mais de 2 milhões de bebês foram salvos por este homem que, embora tivesse medo de agulhas, não deixou de fazer o que era certo.
Enquanto lia essa notícia, imediatamente veio à minha mente o sacrifício de Jesus Cristo. Minha mente foi inundada com muitas passagens bíblicas. Eis algumas:
Rm 3.24-25: “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos”.
Rm 5.8-9: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
1Co 11.25: “Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim”.
Ef 1.7: “no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”.
Cl 1.20-22: “e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus. E a vós outros também que, outrora, éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas, agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne, mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele santos, inculpáveis e irrepreensíveis”.
Hb 9.13-14: “Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (leia todo o capítulo 9 de Hebreus).
Hb 10.19-22: “Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura”.
Hb13.20-21: “Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!”.
1Pe 1.18-19: “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”.
Ap 1.4-6,9: “João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! (…) e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”.
Não quero aqui desmerecer o que esse homem fez, apenas quero ressaltar que o que Cristo fez foi incomparavelmente maior, pois, Ele salvou um incontável número de pessoas (cf. Ap. 5.11), número este que só Deus sabe. Além disso, Sua obra não diz respeito somente a esta vida, mas, a toda a eternidade.
Louvo a Deus pela vida de homens como James Harrison, cujo exemplo deve ser imitado. Mas, por Cristo, louvarei a Deus por toda a minha vida e por toda a eternidade.
Rev. Olivar Alves Pereira
Ad Majorem Dei Gloriam

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