A porta de frente para o meu quarto se abria,
E, de dentro dela saía,
Uma linda menininha de olhos brilhantes,
Sorriso que se transformava em gargalhadas,
E assim nossas vidas eram iluminadas,
Por aquele anjinho cativante.
Hoje, como sempre, aquela porta se abriu
Mas quem de dentro do quarto saiu
Não foi aquela menininha vivaz,
Dali saiu uma linda e forte mulher
Submissa a Deus em todo o Seu querer.
E eu me peguei pensando no tempo fugaz.
Onde e quando foi que no tempo parei?
São perguntas das quais resposta não sei.
Mas sei que a Graça de Deus comigo foi presente
E por mais que o tempo rápido tenha passado,
E a minha menininha, nessa linda mulher transformado,
Penso no tempo que terei com ela daqui para frente.
Em breve minha casa ela deixará
E ao lado de um servo de Deus seu lar edificará.
Coisa de mulher sábia que ao tempo sabe remir
Aquele quarto ficará vazio,
Por um tempo, triste e frio,
Até novamente o portal do tempo se abrir,
E os seus filhos por ele entrarem e saírem,
E olhando para mim, sorrirem
Trazendo em seu semblante um sorriso familiar.
Louvarei ao meu Deus por Sua bondade,
Ele, que tem o tempo e a eternidade,
Submissos e obedientes ao Seu mandar.
À minha amada filha, Ana Cristina.
Rev. Olivar Alves Pereira
Ad Majorem Dei Gloriam

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