Num programa de TV um psicanalista estava respondendo às perguntas que os telespectadores mandavam. O apresentador do programa abriu para a participação do público. De repente uma das perguntas mandadas pelos telespectadores deixou o psicanalista e o apresentador sem graça. Eis a pergunta: “O que mais me incomoda é a eternidade. Quando penso nela fico desesperado, pois, não sei para onde vou. O que devo fazer? Para onde vou?”. Essa é a questão que mais intriga o coração do homem, ou pelo menos é a questão da qual os homens mais fogem.
Todas as filosofias e religiões apresentam uma resposta para essa questão. Alguns afirmam que no final todo mundo terá o mesmo destino feliz, um paraíso glorioso; outros afirmam que retornaremos a esta vida quer encarnados num outro corpo ou até mesmo em forma de animais, ou plantas ou materializados em algum elemento da natureza como água, fogo, vento, etc. Ainda há aqueles que partem para um niilismo, ou seja, deixaremos de existir, simplesmente desapareceremos no tempo e no espaço, ou como dizem “morreu acabou”.
Porém, em meio a tantas vozes, sobressaindo poderosamente, está a voz de Deus através das Escrituras Sagradas afirmando que:
“E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disso o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação” (Hebreus 9.27,28).
As seguintes verdades devem ser destacadas aqui:
“E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez…”. As Escrituras em lugar algum ensinam que haverá alguma espécie de reencarnação ou de volta a essa vida nalgum outro corpo ou forma de vida. Elas são enfáticas quando dizem “…aos homens está ordenado morrerem uma só vez”.
“…vindo depois disso o juízo…”. As Escrituras apresentam outra verdade em relação à eternidade: o juízo do qual ninguém escapará. Em 2Coríntios 5.10 o apóstolo Paulo divinamente inspirado pelo Espírito Santo afirmou: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo”. Haverá um dia em que todos prestaremos contas a Deus, pois, tudo o que tivemos neste mundo, tudo o que falamos (Mateus 12.36), tudo o que pensamos, tudo o que fizemos ou deixamos de fazer recebemos de Deus a responsabilidade, e, por isso mesmo haveremos de responder-Lhe sobre tudo.
“…assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar o pecado de muitos…”. Há quem pense que o sacrifício de Cristo é repetido a cada vez que a Ceia do Senhor é celebrada (a igreja romana entende a eucaristia assim). Tais pessoas ignoram o que este verso diz. O sacrifício de Cristo foi “uma vez para sempre”. Isso mostra a Sua eficácia e poder para tirar os nossos pecados, ou seja, para retirar de sobre nós a condenação que os nossos pecados nos traziam. É importante ainda destacar que o sacrifício de Cristo foi para “…tirar o pecado de muitos” e não de “todos” como muitos ensinam por aí que no final todos os homens serão salvos (há até quem acredite na redenção de Satanás!). Se a questão do juízo final atormenta o coração humano, tal não deve acontecer com aqueles que confiam em Jesus, pois, o coração dos que confiam Nele é inundado pelo Seu amor:
“No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor” (1João 4.18).
No dia do juízo final nosso coração descansará seguro nas mãos de Jesus porque Ele lançou fora do nosso coração todo o medo de condenação eterna.
“…aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”. A eternidade para nós não causa pavor porque estaremos com Cristo quando Ele vier pela “segunda vez” (e não três como sugere o Dispensacionalismo que crê numa vinda secreta de Jesus). Mas, irão para a glória eterna com Cristo somente aqueles “que o aguardam para a salvação”. Novamente, qualquer ideia de uma salvação universal é descartada. Somente aqueles que aguardam para serem salvos é que serão salvos. Novamente, o apóstolo Paulo divinamente inspirado expressa-se de forma maravilhosa sobre o assunto:
“Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (2Timóteo 4.8).
A vinda do Senhor Jesus deve ser amada por todos os que Nele confiam.
Talvez você esteja pensando que a Bíblia é apenas mais uma “voz” entre tantas que diz a sua opinião sobre o assunto, e, que por isso mesmo ninguém pode garantir que ela esteja certa. Porém, chamo a sua atenção para o fato de que a Bíblia ao mesmo tempo que apresenta a mais linda esperança (a vida eterna com Cristo), também apresenta a mais terrível realidade (o inferno eterno). Todas as religiões e filosofias escondem e negam a terrível realidade do inferno e as que mais se aproximam de um conceito de sofrimento eterno, como o Islamismo, por exemplo, que o descrevem de uma forma relativamente suportável, ou como a seita Adventista do Sétimo Dia que ensina um castigo intenso, porém, não eterno, pois, conforme o fogo do inferno vai consumindo a pessoa, um dia ela não existirá mais. A Bíblia, pelo contrário, não esconde nada. Ela afirma que o inferno é eterno, o sofrimento não acaba e nem os corpos serão consumidos deixando de existir um dia. Pense nisso.
Rev. Olivar Alves Pereira
Ad Majorem Dei Gloriam

Deixe um comentário