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“Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória” (Sl 73.24)

Ouvindo uma rádio num dia desses, numa parte da programação as pessoas mandam perguntas para uma psicóloga muito conceituada em nossos dias. Um jovem de 18 anos pediu orientação quanto ao seu irmão de 16 anos que estava “exagerando” no uso de maconha. Este mais velho também já havia usado a droga um tempo, mas, abandonou o vício. Contudo, estava preocupado com seu irmão mais novo que não só estava exagerando no uso como dava indícios de que não deixaria a droga. O que ele deveria fazer para ajudar o irmão? Foi aí que a psicóloga entrou em cena e respondeu: “Você deve aconselhar seu irmão, mas, sem dar lições de moral. Além disso, é melhor você que é um jovem falar com ele, pois uma pessoa mais velha soará moralista e pedante”.

De imediato o que veio à minha mente foi o ocorrido com o filho de Salomão chamado Roboão. Depois da morte de seu pai, ao assumir o trono, Roboão buscou conselhos com os homens idosos para saber como deveria responder ao povo que veio lhe pedir para baixar os impostos, pois, nos dias de seu pai, os impostos eram muito pesados. Os idosos o aconselharam a atender ao povo e cair nas graças deste (1Rs 12.6,7).

“Porém ele desprezou o conselho que os anciãos lhe tinham dado e tomou conselho com os jovens que haviam crescido com ele e o serviam” (v.8). E estes jovens o aconselharam exatamente o oposto dos anciãos: “Assim falarás a este povo que disse (…) Meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai. Assim que, meu pai vos impôs jugo pesado, eu anda vo-lo aumentarei; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões” (v.10-11).

Tal conselho foi seguido por Roboão e isso custou-lhe o reino, pois, sob o comando de Jeroboão dez das doze tribos se apartaram, e aconteceu uma divisão no reino de Israel (Israel ao norte, e Judá ao sul) que durou alguns séculos.

É fato que idosos também cometem erros, assim como é possível que jovens deem sábios conselhos, pois, um bom conselho não depende da idade de quem o dá, mas, sim, se o mesmo está em consonância com a Palavra de Deus.

      Que conselho é melhor que o da Palavra de Deus, que além de nos guiar em cada momento dessa vida mostrando-nos a misericórdia e a graça de Deus, depois que esta vida terminar nos receber na Glória de Deus (cf. Sl 73.24)?

      Cuidado! Ainda que bons conselhos possam instruí-lo nesta vida, jamais poderão leva-lo à Glória Eterna. Não troque o certo pelo duvidoso, o perfeito pelo imperfeito, o eterno pelo transitório!

Rev. Olivar Alves Pereira
Ad Majorem Dei Gloriam