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Uma das principais características dos nossos dias é o relativismo ético e moral. Os valores que sustentam a sociedade humana são, cada vez mais, deteriorados e relativizados. Em nome da felicidade pessoal, as pessoas estão se afundando cada vez mais num mar de lama e degradação. “Não há absolutos! Não existe verdade absoluta”, grita o ingênuo e manipulável jovem, sem perceber o tamanho da contradição de sua fala. Sim, é uma fala totalmente contraditória que não se sustenta (a mentira não se sustenta). No exato momento que alguém diz que não existem absolutos, percebendo ou não, está afirmando um absoluto.

Mas esse relativismo não é uma característica dos nossos tempos somente. Há mais de 3 milênios (700 a.C.), por boca do profeta Isaías Deus disse: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!” (Isaías 5.20). Esse relativismo é, na verdade, expressão da rebeldia contra Deus. É o repúdio que o pecador tem pela santidade de Deus. Por isso, as Escrituras Sagradas, a Palavra de Deus, é tão odiada pelos homens, os quais só poderão amá-la se forem transformados por uma ação sobrenatural do Espírito Santo vivificando seus corações que estão mortos espiritualmente em sua pecaminosidade, dando-lhe vida espiritual e eterna. Veja o que diz Efésios 2.1-10:

1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,
2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;
3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.
4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou,
5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos,
6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;
7 para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.
8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
9 não de obras, para que ninguém se glorie.
10 Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.

Uma vez vivificado espiritualmente, o homem passa a olhar para a Bíblia de forma diferente. Ele a vê como de fato ela é: a Palavra de Deus. Mas, não somente isso, ele também passa a obedecê-la porque compreende que ela é a Verdade Absoluta, o óculos pelo qual podemos ver as coisas como de fato são, ou seja, como Deus diz que elas são.

Neste momento você deve estar se perguntando se a verdade não pode ser encontrada em outros lugares. Creio que sim. Porém, terá que estar totalmente de acordo com a Bíblia, pois, do contrário, não será a verdade.

Sempre observe este princípio: se alguém, ou um ensinamento, ou uma religião afirmar que além das Escrituras Sagradas, algo mais é necessário é necessário para conhecer a Deus, deixe de lado. A principal característica de todas seitas e ensinamentos heréticos é que para eles, as Escrituras não são suficientes. Alguns exemplos: para o catolicismo romano, as Escrituras estão no mesmo pé de igualdade em sua autoridade que o magistério papal e as tradições da igreja de Roma. Para o espiritismo, o “evangelho segundo Allan Kardek” está até mesmo acima do que a Bíblia diz; para a seita adventista do Sétimo Dia, as profecias extrabíblicas de Ellen G. White se equiparam à Bíblia. Mas, não é não é só no campo religioso que vemos isso. Quantos pastores e membros de igrejas evangélicas sérias, que ao se depararem com um membro com depressão, ansiedade, medo, etc., mandam-no para um psicólogo por pensar que isso não é papel do pastor, pois, para tal problema existem os “especialistas”. Outros pastores, por sua vez, tentam integrar os princípios bíblicos aos da Psicologia (integracionismo), sob o pretexto da “graça comum”, dizendo que Deus deu habilidades e capacidades a todos os homens, até mesmo aos ímpios, e, da mesma forma que posso me consultar com um cardiologista pagão, não deveria hesitar em buscar a ajuda de um psicólogo, que também é da área da saúde como o cardiologista. Acontece que os princípios da cardiologia não ferem os princípios bíblicos. Já a Psicologia jamais falará da causa do sofrimento humano, o pecado, e por isso mesmo, jamais o tratará. Além disso, a Psicologia tem como alvo tornar o homem mais feliz consigo mesmo e com essa vida aqui. Nada há de errado em querer ser feliz. Porém, a Bíblia vem nos fazer olhar para a eternidade em vez de ficarmos presos a este mundo. Em Colossenses 3.1-4 lemos:

1 Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.
2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;
3 porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.
4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.

A Bíblia fala sobre a nossa felicidade e a descreve como a bem-aventurança eterna. A Psicologia, assim como outras ideias humanas (p.ex.: marxismo) focam no aqui e agora, em fazer daqui o paraíso para o homem, anulando assim quaisquer ideias sobre a eternidade. Dessa forma, este mundo é o único paraíso que os incrédulos terão, e o único inferno que os crentes em Cristo sofrerão.

Por fim, ao estudar a Bíblia com seus olhos desvendados pelo Espírito Santo, você verá verdades sobre você nem um pouco agradáveis. Mas, saiba que ela também trará ao seu coração a única esperança que transformará sua vida. Fique com a Bíblia somente. Ela é suficiente.

Rev. Olivar Alves Pereira